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terça-feira, 29 de junho de 2010

Falta feia!!!



Na edição desta terça-feira, 29, o jornal Folha de São Paulo publicou um anúncio errado de um dos maiores patrocinadores da seleção brasileira, a rede de supermercados Extra. O fato gerou bastante repercussão no Twitter, tanto do grupo Pão de Açúcar, empresa ao qual o Extra pertence, quanto da Folha.

O anúncio informava com alguns termos em Zulu que a seleção foi eliminada da Copa do Mundo, “A I qembu le sizwe sai do Mundial. Não do coração da gente”, dando a entender que o Brasil teria sido eliminado pelo Chile no jogo da última segunda-feira, 28.

O perfil do Twitter da rede de supermercados (http://twitter.com/TUDOEXTRA) afirma que o Extra está indignado com o erro. O presidente do Conselho Administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, também twittou (http://twitter.com/abilio_diniz) sobre o ocorrido. Ele pediu desculpas e informou que os culpados pela falta grave deverão ser responsabilizados.

Também no Twitter, o perfil do ombudsman da Folha (http://twitter.com/folha_ombudsman) reservou um espaço para afirmar que a troca dos anúncios foi de responsabilidade do jornal. "Saiu anúncio errado do Extra hoje por problema da inserção da Folha, sairá uma errata amanhã. Tremenda mancada", escreveu.

Uma falta grave mesmo em tempos de Mundial. Se o próprio patrocinador duvida do patrocinado, aí fica difícil dos outros acreditarem, não é?! Isso é falta para cartão amarelo.


Talita Leite Dias

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Media Trainning neles!!!

Acredito que o técnico da seleção brasileira, Dunga, deve tomar conhecimento do conceito de Media Training, que é o treinamento voltado para os diretores, porta-vozes e principais representantes de empresas e instituições diversas com o objetivo de prepará-los para o relacionamento adequado com a imprensa. E se o Dunga não sabe, ele é um porta-voz da seleção brasileira. Então acho que chegou o momento da CBF oferecer este treinamento àqueles que comandam a seleção.

No último domingo, 20 de junho de 2010, nenhum jornalista que se encontrava naquela sala da entrevista coletiva após o jogo Brasil X Costa do Marfim, estava de brincadeira, todos trabalhavam. Até Vesgo, Alfinete e Impostor [da RedeTv!] estão na África à trabalho. Quando o técnico Dunga resolve questionar se há algum problema com o jornalista da Rede Globo, Alex Escobar, porque este balança a cabeça. Até aí poderia ser somente uma questão de curiosidade. Vai que ele é curioso, né?! Eu pelo menos sou bastante! Porém, quando ele começa a chamar o cara de cag..., puto cag..., aí é demais pra minha cabeça!!!

Naquele momento fica clara a falta de educação do Sr. Dunga, a sua falta de profissionalismo por não respeitar outro profissional, sua ignorância em não conhecer a função da imprensa e, talvez o mais grave, o seu desrespeito à nação brasileira, afinal naquele exato momento ele não estava ofendendo apenas o Alex Escobar, e sim cada brasileiro que é apaixonado ou não por futebol, que discute toda hora ou não sobre o esporte, que tem dúvidas ou não sobre o desempenho da seleção nesta Copa e de um modo geral.

Comunicação é informação, são processos de trocas entre vários interlocutores. Jornalista não é defensor dos pobres e oprimidos, nem dono da verdade, mas é o profissional que tem na INFORMAÇÃO sua matéria-prima de trabalho. E quem melhor para falar das estratégias aplicadas ao time, do que o seu técnico?!

Jornalista e os profissionais de comunicação, de um modo geral, são uma espécie de olhos, bocas e ouvidos da sociedade distribuídos por todos os locais imagináveis e inimagináveis. Eles investigam, entrevistam, correm, buscam, perguntam, indagam, lançam questões, falam e também ouvem... tudo isso para colher o maior número de informações possíveis e levar para a televisão, o rádio, o blog, a revista, o jornal, as notícias e os fatos que os cidadãos querem, merecem ou precisam saber.

A seleção é um patrimônio cultural do brasileiro. A seleção não é uma propriedade particular do Dunga. No país que respiração e transpira futebol, quase todos querem saber como vai o desempenho da seleção, quem serão os escalados, quem já se recuperou das lesões e por aí vai. Mesmo que o Dunga goste de trabalhar no calado, sem divulgar nada talvez tenhamos que respeitar o modo de trabalho dele. Porém ele tem obrigação de prestar o mínimo de esclarecimento possível aos torcedores brasileiros e, geralmente isso ocorre via imprensa.

No entanto, as palavras do Dunga não são uma verdade absoluta, como a de nenhum de nós. Todos têm o direito de discordar de um pensamento, de uma diretriz, de uma ideia. Mesmo que durante a coletiva, o jornalista Alex Escobar tivesse discordado de alguma colocação do Dunga, este não teria o direito de atacar o jornalista com aquelas expressões chulas, ridículas e descabidas. Se o Dunga não agüenta a pressão que o seu cargo frequentemente sofre, ele que procure um tratamento psiquiátrico. Agora não vem descontar em cima da imprensa suas frustrações e revoltas.

Pense comigo Dunga, quem seria você sem a nossa participação na sua vida de atleta?! Prefiro não comentar!

Enfim, mas a falta de compreensão de quem ou qual instituição se representa realmente vai além do Dunga. Na edição da segunda-feira, 14, do programa da Band, CQC, mostrou os deputados federais, José Tático e Nelson Trad, agredindo verbal e fisicamente a repórter Monica Iozzi. Motivo?! Eles e outros deputados assinaram um documento à favor de uma Medida Provisória que incluiria um litro de cachaça na cesta básica brasileira. Quando questionados sobre os seus respectivos votos eles ficaram “nervosões” e partiram para as agressões. Uma pergunta: foi a Mônica que assinou o documento? E se um cidadão comum os questionassem também seria agredido?

Haja Media Training!!!


Talita Leite Dias